quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Cachaça e caipirinha!


Já ouviu falar como surgiu a caipirinha?
Dizem que, antigamente, as moças e rapazes mais novos não conseguiam tomar a bebida, que era misturada com limão, por ser muito forte.
Passaram então a adicionar açúcar.
Com isso, os homens mais “machões” falavam que esses rapazes tomavam a bebida das “caipirinhas”.
E assim surgiu a Caipirinha, que hoje é uns dos drinks mais conhecido e solicitados no mundo.

História da cachaça!
Antes do surgimento da cachaça (e mesmo antes do descobrimento do Brasil), a bebida mais consumida por aqui era o cauim, que era produzido a partir da mandioca.

Acredita-se que a palavra cachaça tenha vindo do espanhol cachaza, nome dado ao vinho de borra.

Acredita-se que a cana-de-açúcar, uma planta da família das gramíneas, tenha surgido no Sudeste Asiático e de lá, levada para a Índia e Pérsia. Mais tarde, durante a conquista da Pérsia, os árabes conheceram o produto e o espalharam por seu império.

E como ela chegou ao Brasil? Através dos conquistadores portugueses que, por sua vez, conheceram a cana graças a uma mãozinha dos cruzados, que a levaram para a Europa. Vindas da Ilha da Madeira, as primeiras mudas foram introduzidas no país em 1502.

Existem inúmeras variedades de cana-de-açúcar, entre as quais a crioula ou mirim, a caiana ou bourbon, a amarelinha, a caninha (usada principalmente na produção de cachaça), a prata e a rainha.

Foram os árabes os criadores do equipamento para destilação usados até hoje nas fábricas artesanais. O curioso é que o Islã, religião seguida pela imensa maioria dos árabes, proíbe o consumo de álcool.

O chamado “vinho de cana-de-açúcar” foi descoberto num engenho da Capitania de São Vicente entre os anos de 1532 e 1548. O tal vinho era a ‘garapa azeda” que ficava em cochos de madeiras para os animais. A descoberta ocorreu por acaso, quando os escravos perceberam que a “água” das cocheiras deixava os animais revigorados. 

Você sabia que a cachaça foi moeda de troca para a compra de escravos? Aliás, a troca de escravos por bebidas alcoólicas como o rum (parente da cachaça) era até comum na África. Um escravo valia cerca de 86 litros de rum.

A popularidade da cachaça já era grande no Brasil colônia. Os nativos preferiam a bebida nacional em detrimento do vinho “made in Portugal”. Isso obrigou o rei português Dom João 4º a assinar uma lei proibindo o consumo da cachaça na colônia. Agora, uma pergunta: você acha que a lei pegou?

O maior importador de cachaça é a Alemanha. Os alemães importam 1/3 da produção brasileira.

Existem mais de 40 mil produtores e mais de 4 mil marcas de cachaça no Brasil.

Os Estados campeões na produção de cachaça são São Paulo, Pernambuco, Ceará, Minas Gerais e Paraíba.

Os maiores consumidores da bebida são são São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro, Ceará, Bahia e Minas Gerais. Curioso é que a Paraíba, um dos maiores produtores, não está nos primeiro colocados.

Algumas marcas de cachaça artesanal: Artista, Boazinha, Caninha da Roça, Carnaval, Donzela, Famosinha de Minas, Gostosa, Lá de Minas, Marimbondo, Mistura Fina, Nabunda, Olho D’Água, Primeira Dama, Rapariga, Recordações de 40, Rumo Certo, Supimpa, Véio de Minas.

Existem centenas de apelidos e nomes para se referir à cachaça: pinga, brideira, azuladinha, branquinha, brasileira, boa, danada, espírito, elixir, homeopatia, imaculada, limpa, lisa, malvada, perigosa, preciosa, pura purinha, remédio, teimosa, etc.

Misturada ao gengibre e outros ingredientes, a cachaça deu origem ao quentão. Misturada com limão, gelo e açúcar, deu origem à caipirinha.

Um colecionador de São Paulo possui nada mais, nada menos que 6.500 marcas de cachaça em seu “acervo”.

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