sábado, 2 de abril de 2016

AS VERDADEIRAS MULHERES FELIZES





Acabo de ler um livro de Eliette Abecassis, uma francesa que eu não conhecia. O nome da obra, no original, é Un Heureux Événement, que pode ser traduzido para Um Feliz Acontecimento, mas é um título irônico, pois o livro trata sobre o fator que, segundo a autora, destrói as relações amorosas: o nascimento de um filho. Num tom exageradamente desesperado, a personagem narra o fim do seu casamento depois que dá à luz.

Concordo que a chegada de uma criança muda muita coisa entre o casal, mas a escritora carrega nas tintas e cria um quadro de terror para as mães de primeira viagem. Se o nascimento de um filho é sempre desconcertante, é preciso lembrar que é, ao mesmo tempo, uma emoção sem tamanho. De minha parte, só tenho bons momentos a recordar, nada foi dramático. Mas mesmo que, por experiência própria, eu não compartilhe com a desolação da autora, ainda assim ela diz no livro uma frase muito interessante. Ao enumerar as diversas mazelas por que passam as criaturas do sexo feminino, ela me veio com esta: "os homens são as verdadeiras mulheres felizes".

Atente para a sutileza da frase. O que ela quis dizer? Que os homens saem pela porta de manhã e vão trabalhar sem pensar se os filhos estão bem agasalhados ou se fizeram o dever da escola. Os homens não menstruam, não têm celulite, não passam por alterações hormonais que detonam o humor. Os homens não se preocupam tanto com o cabelo e não morrem de culpa quando não telefonam para suas mães. Os homens comem qualquer coisa na rua e o cardápio do jantar não é da sua conta, a não ser quando decidem cozinhar eles próprios, e isso é sempre um momento de lazer, nunca um dever. Os homens não encasquetam tanto, são mais práticos. Eu, que estou longe de ser uma feminista e mais longe ainda de ser ranzinza, tenho que reconhecer o brilhantismo da frase: os homens são mulheres felizes. Eles fazem tudo o que a gente gostaria de fazer: não se preocupam em demasia com nada.

Porque nosso mal é este: pensar demais. Nós, as reconhecidas como sensíveis e afetivas, somos, na verdade, máquinas cerebrais. Alucinadamente cerebrais. Capazes de surtar com qualquer coisa, desde as mínimas até as muito mínimas. Somos mulheres que nunca estão à toa na vida, vendo a banda passar, e sim atoladas em indagações, tentando solucionar questões intrincadas, de olho sempre na hora seguinte, no dia seguinte, planejando, estruturando, tentando se desfazer dos problemas, sempre na ativa, sempre atentas, sempre alertas, escoteiras 24 horas.

Os homens, mesmo quando muito ocupados, são mais relax. Focam no que têm que fazer e deixam o resto pra depois, quando chegar a hora, se chegar. Não tentam salvar o mundo de uma tacada só. E a chegada de um filho, ainda que assuste a eles, como assusta a todos, é algo para se lidar com calma, é um aprendizado, uma curtição, nada de muito caótico. Eles não precisam dar de mamar de duas em duas horas, não ficam fora de forma, não enlouquecem. Isso é uma dádiva: os homens raramente enlouquecem.

Nós, nem preciso dizer. Nascemos doidas. Por isso somos tão interessantes, é verdade, mas felicíssimas, só de vez em quando, nas horas em que não nos exigimos desumanamente. Homens, portanto, são realmente as verdadeiras mulheres felizes. Que isso sirva de homenagem aos queridos, e sirva pra rir um pouco de nós mesmas, as que se agarram com unhas e dentes ao papel de vítimas porque ainda não aprenderam a ser desencanadas como eles.

MARTHA MEDEIROS

VOCÊ SABE RECEBER AMOR?





Do ponto de vista de quem recebe, o amor ganha contornos bem diferentes daqueles existentes do ponto de vista de quem dá. E é tão raro o empate entre dar e receber! Há pessoas absolutamente incapazes de receber o amor. Outras há que filtram o amor recebido segundo a sua maneira de ser, reduzindo (ou ampliando) o afeto ganho através de suas lentes (existenciais) de aumento ou diminuição. Quem pode dizer com segurança que sabe avaliar o amor recebido? Outras há, ainda, que só conseguem amar quando recebem amor, não admitindo dar sem receber. Há, também, o tipo de pessoa que não dará (amor) jamais, pois só sabe receber. E existe aquela outra que quer e precisa receber, porém não sabe o que fazer quando (e quanto) recebe e transforma-se, então, numa carência viva a andar por aí, em todos despertando (por insuspeitadas habilidades) o desejo de algo lhe dar.

Receber o amor é como saber gastar (gostar?). Já reparou que há pessoas que não sabem gastar? Muitas sabem ganhar muito dinheiro, mas depois não o sabem gastar. Receber o amor é como saber gastar (gastar o amor de quem lhe está dando). É necessário fazer com que o investimento recebido renda frutos, juros e dividendos em que o recebe, para novos investimentos e lucros humanos. Há quem o saiba fazer (ou seja, saiba receber). Há quem não o saiba e gaste o (amor) recebido de uma só vez, sem qualquer noção do quanto custou para quem o deu.

O problema de receber o amor é fundamental, porque ele determina o prosseguimento ou não da doação.

O núcleo do problema está na forma pela qual cada pessoa recebe o amor, modelando-o.

De que valerá um amor maior do que o mundo, se a forma pela qual se o recebe é diminuta? Um amor de pequena estatura doado a alguém pode ser recebido como a dádiva suprema. Será (soará), então, enorme!

Daí que amor está também, além de dar, em saber receber. Saber receber, embora pareça passivo, é ativo. Receber, se possível avaliando a intensidade com que é dado e, se for mais possível, ainda, retribuir na exata medida. Saber receber é tão amar quanto doar um amor.

Se todos soubessem receber, não haveria a graça infinita dos desencontros do amor, geradores dos encontros.

Receber o amor é tão difícil quanto amar! É que amar desobriga e receber o amor parece que prende as pessoas, tutela-as e aprisiona-as quando deveria ser exatamente o contrário, pois saber receber é tão grandioso e difícil quanto saber dar.

ARTUR DA TÁVOLA

POUPE-ME



Sei que os tempos estão difíceis, mas acho terrível quando uma mulher não sabe se portar diante das situações da vida. Acho até válido vez por outra, chegando ao extremo, que se faça uso de palavrões e mesmo agressão. Mas quando isso se torna uma constante a mulher perde a graciosidade e mais que tudo a razão.

ORGASMO? MUITO PRAZER!



Orgasmo feminino intriga os homens? É o que parece. Talvez porque não seja tão visível quanto o deles. Ou porque pode ser facilmente fingido, ao contrário do deles. Fato é que não passam quinze dias sem que me depare com pesquisas sobre nossos orgasmos. Não vejo muita utilidade. Não nos orgasmos, nas pesquisas! Preferia minha parte em dinheiro.

A pesquisa da semana é do psicólogo americano Barry Komisaruk, professor da Universidade Rutgers, de Nova Jersey. Ele passou 30 de seus 72 anos investigando os benefícios do prazer sexual no bem-estar das mulheres.
Poderia ter descoberto isso, mais rápido de forma muito mais prazerosa e feliz, na prática. Mas, depois de trinta anos de pesquisa, é melhor nem avisar isso a ele. Ia ser uma decepção.
Komisaruk pretende verificar se o prazer sexual beneficia o tratamento de pacientes com ansiedade, depressão ou dependências. Ora, Komisaruk, que pergunta é essa? Nunca viu uma carinha satisfeita, calma e tranquila depois de ter seu objetivo atingido? Vai ver que não. Tanto tempo pesquisando...
Faz parte da cultura popular a máxima de que sexo faz bem à pele e aos cabelos. Ouso ir além, sexo faz bem à vida. Mas o tesão é uma energia que vai muito além da cama e se espalha pela vida. Algumas pessoas têm, outras não.

Todos conhecemos pessoas que cheiram a infelicidade. Podem ter tudo, nada lhes alegra, nada parece tampar o vazio que as preenche. Sempre com a mesma cara de bunda.

Orgasmo, felicidade e alegria acontecem assim: ou você descobre como é que funciona o seu e corre atrás. Ou você não tem. Não chega lá. Fica a ver navios. Claro, sempre é tempo de aprender! Basta querer e trabalhar por isso. Nem costuma ser um trabalho muito custoso.

Não raro encontro pessoas que esperam que tudo venha do outro. Esperam que a felicidade, a realização amorosa, a alegria e, porque não, o orgasmo cheguem de forma mágica. Sem esforço. Trazido por um príncipe, Papai Noel, Fada dos dentes, sei lá. Impossível.

Numa relação, seja ela sexual ou não, boa parceria é tudo. Mas a capacidade de ter orgasmo é como a capacidade de ter alegria. Arriscando um neologismo: é indelegável. Algumas mulheres entregam seu prazer na mão do outro. O outro, coitado, pega essa batata quente achando que pode resolver, dar conta de tudo. Só que não!

Homens entendem do corpo deles. E a situação deles, nesse sentido, é mais cômoda. Afinal, o deles sempre esteve ali à mostra e ao fácil alcance da mão. Esbarram com ele toda hora, brincam e se divertem juntos. Um menino e seu pinto, desde cedo, já são grandes amigos. Íntimos.

Nós mulheres já temos um design mais arrojado. Tudo arrumadinho e embutido. Pequeno por fora, mas com espaço interno excelente. Cabe até um bebê! Se fossemos um carro, seríamos mais caro que eles. Só que, da mesma forma que com os carros, eles têm o dobro da nossa quilometragem rodada. A gente demora muito mais para descobrir onde ficam todos os comandos. Isso faz diferença na hora do arranque.

Meu prazer é todo meu. Nem vejo egoísmo nisso. Venha, estou de olho no seu câmbio. Você me interessa. Mas a direção, só eu posso te dar. Meu corpo, meu prazer é um mapa pessoal, com GPS intransferível. Trocamos coordenadas. Você me passa as suas, eu te indico as minhas. Chegamos ao ponto G? Para que só um, tem tantas letras por aí...

O orgasmo independe do parceiro. Alívio para os machos de plantão? Não tanto. Claro que um parceiro com boa pegada ajuda. É uma benção! Mas não é garantia de nada. Um carro, mesmo que diferente, é fácil de tentar dirigir. Um corpo, não. Corpos tem senha de acesso. Corpos, tanto masculinos como femininos, são Esfinges com enigmas a serem desvendados. Compartilhamos senhas e segredos. Se não sei minha senha, tipo celular bloqueado, fico sem sinal, não consigo completar a ligação. Distante de minha área de cobertura, a brincadeira perde a graça.

De verdade, não entendo bem porque os homens nos estudam tanto. Era só perguntar! A gente respondia. Imagino que tantas pesquisas sobre orgasmo sejam uma tentativa dos homens de acalmar as mulheres. De tentar entender melhor como funciona e ver se aprimoram o controle sobre nós. Para os homens, em se tratando de palavras e conversas, menos sempre é mais. O que fazer com essas mulheres indomáveis, tão falantes, questionadoras, cheias de demanda?

A notícia orgásmica da semana passada é que o Royal Edinburg Hospital, na Escócia, realizou uma pesquisa e concluiu que as pessoas que fazem sexo regularmente, numa média de três vezes por semana, aparentam ser cinco a sete anos mais novas que a idade real. O prazer é essencial à manutenção da juventude. Uau, a gente nem imaginava isso, né? Tinha mesmo que pesquisar para saber. Mais uma pesquisa fundamental na descoberta do já sabido.

Prazer rejuvenesce, claro. Mas o gozo vai muito além do genital. Tenho prazer de escrever um bom texto, de ler um livro interessante, dar uma aula que valha a pena. Imagino que seja o mesmo com um ator que estreia sua peça, um médico que termina uma cirurgia bem sucedida, uma pessoa que acaba uma faxina e olha a casa arrumada e limpa.

Prazer de matar a saudade, de beijar e abraçar quem se ama . Prazer rejuvenesce, sim. Qualquer que seja. Podemos encontrar pessoas que não têm vida sexual ativa há muitos anos, ou que nunca tiveram vida sexual ativa, e são perfeitamente felizes na sua forma de gozar a vida. Alegres, felizes e realizadas. Descobriram e estimulam diariamente seu ponto Q. Q de Quero mais é aproveitar a vida! Juventude é o prazer de estar vivo! Esse é o grande orgasmo!

Por via das dúvidas, já avisei aqui em casa: ou comparece e faz sua parte direitinho ou junta dinheiro para a minha plástica. 

Mônica El Bayeh

FELICIDADE E LUCIDEZ



O que é a sabedoria? É a felicidade na verdade, ou «a alegria que nasce da verdade». Esta é a expressão que Santo Agostinho utiliza para definir a beatitude, a vida verdadeiramente feliz, em oposição ás nossas pequenas felicidades, sempre mais ou menos factícias ou ilusórias.

Sou sensível ao fato de que é a mesma palavra beatitude que Espinoza retomará, bem mais tarde, para designar a felicidade do sábio, a felicidade que não é a recompensa da virtude mas a própria virtude...

A beatitude é a felicidade do sábio, em oposição às felicidades que nós, que não somos sábios, conhecemos comumente, ou, digamos, às nossas aparências de felicidade, que às vezes são alimentadas por drogas ou alcoóis, muitas vezes por ilusões, diversão ou má-fé. Pequenas mentiras, pequenos derivativos, remedinhos, estimulantezinhos...

Não sejamos severos demais. Nem sempre podemos dispensá-los. Mas a sabedoria é outra coisa. A sabedoria seria a felicidade na verdade.

A sabedoria? É uma felicidade verdadeira ou uma verdade feliz. Não façamos disso um absoluto, porém. Podemos ser mais ou menos sábios, do mesmo modo que podemos ser mais ou menos loucos. Digamos que a sabedoria aponta para uma direção: a do máximo de felicidade no máximo de lucidez.

 in 'A Felicidade, Desesperadamente'

ANDRÉ COMTE-SPONVILLE

OS DESAVERGONHADOS




O errado e o malfeito, a incompetência e o desleixo, a estupidez e a má fé, são próprios da condição humana. A diferença está entre os que se envergonham e os desavergonhados. No Japão civilizado, a vergonha é o pior castigo para uma pessoa e sua família, mais temida do que as penas da lei.

 Homens públicos se suicidam por pura vergonha. Embora seja só meio caminho para não errar de novo, o sentimento de vergonha ajuda a civilizar. Já os que não se envergonham, nem por si nem pelos outros, são determinantes para que suas sociedades sejam as que mais sofrem com a corrupção, a criminalidade e a violência, independente de sua potência econômica ou regime político. Em brilhante estréia no Blog do Noblat, o professor Elton Simões analisou pesquisas internacionais sobre as relações entre o sentimento de vergonha social e familiar e a criminalidade. 

Nas sociedades em que a violência e o crime são vistas como ofensas à comunidade, e não ao Estado, em que a noção de ética antecede a de direito, em que o importante é fazer o certo e não meramente o legal, há menos crime, violência e corrupção, e todo mundo vive melhor – por supuesto, o objetivo de qualquer governo. Nas sociedades evoluídas e pacificas, como o Japão, a principal função da Justiça é restaurar os danos e relações entre as pessoas, e não punir ofensas ao Estado e fabricar presos. “ Existe algo fundamentalmente errado em uma sociedade quando as noções de legalidade ou ilegalidade substituem as de certo ou errado. 

Quando o sistema jurídico fica mais importante do que a ética. Nesta hora, perdemos a vergonha “, diz o professor Simões. Como os políticos que, antes de jurarem inocência, bradam que não há provas contra eles. Ou que seu crime foi antes do mandato. 

Não por acaso, no Brasil, onde a falta de vergonha contamina os poderes e a administração pública - apesar de todo nosso progresso econômico e avanços sociais - a criminalidade, a violência e a corrupção crescem e ameaçam a sociedade democrática. Não há dinheiro, tecnologia leis ou armas que vençam a sem-vergonhice. Só o tempo, a educação e lideres com vergonha.

NELSON MOTTA 

sexta-feira, 1 de abril de 2016

A COTA DE AMOR


Cada um ao nascer traz sua dose de amor, 
mas os empregos, o dinheiro, 
tudo isso, nos resseca o solo do coração.

Sobre o coração levamos o corpo, sobre o corpo a camisa, mas isto é pouco.
Alguém imbecilmente inventou os punhos e sobre os peitos 
fez correr o amido de engomar.

Quando velhos se arrependem.

A mulher se pinta. O homem faz ginástica pelo sistema Muller.
Mas é tarde. A pele enche-se de rugas.

O amor floresce, floresce,
e depois desfolha.

VLADIMIR MAIAKÓVSKI

AS MELHORES COISAS DA VIDA



"Renda-se como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece, como eu mergulhei. Pergunte, sem querer a resposta, como estou perguntando. Não se preocupe em "entender". Viver ultrapassa todo o entendimento."

Clarice Lispector

QUEM SOU...



"...há impossibilidade de ser além do que se é -
no entanto eu me ultrapasso mesmo sem o delírio,
sou mais do que eu, quase normalmente -
tenho um corpo e tudo que eu fizer é continuação
de meu começo......
a única verdade é que vivo.
Sinceramente, eu vivo.
Quem sou?
Bem, isso já é demais...."

Clarice Lisperctor

É PROIBIDO



É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças.

É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,

Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor. 
 É proibido deixar os amigos

Não tentar compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessita deles.
É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,

Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você. 
 É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e fazer seu destino,

Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro. 
 É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,

Esquecer seus olhos, seu sorriso, 
só porque seus caminhos se desencontraram, 
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas deles valem mais que a sua,

Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte. 
 É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças a Deus por sua vida,

Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira. 
 É proibido não buscar a felicidade,

Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual.

Pablo Neruda