sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Feminismo antes e depois da Revolução Francesa

Educação da mulher

Uma ideia inédita de educação feminina aparece em 1892 com a inglesa Mary Wollstonecraft, uma das personalidades mais significativas do Feminismo.Em seu livro, "Defesa dos Direitos da Mulher" ela enfrenta a teoria de Rosseau, principal ideólogo da revolução, e defende a idéia de que a inferioridade da mulher deve-se única e exclusivamente a educação a elas oferecida, propondo, dessa forma, igualdade na formação intelectual entre os sexos.

Mão-de-obra feminina
Dado o contexto da plena instauração do capitalismo, o século XIX apresentou mudanças no processo de produção e adoção de mão de obra feminina. A justificativa para a diferença entre os salários de operários e operárias e para as longuíssimas jornadas de trabalho as quais as mulheres eram submetidas era que elas deveriam ter um marido que as sustentassem.


União em torno de um só projeto
Visando defender seus direitos, as operárias Jeanne Deroin e Flora Tristan buscavam união a classe trabalhadora masculina em torno de interesses comuns. Para tal foi elaborado por Deroin um projeto de União das Associações de Trabalhadores (o que dará origem aos sindicatos).

Infelizmente, os associados e suas líderes foram presos e inescrupulosamente houve a omissão, por parte dos homens, do fato de se tratar de um projeto feminino, a fim de não o desacreditar perante a sociedade. Protestos e reivindicações por melhores salários e folgas semanais foram violentamente sufocados pelas autoridades; passeatas, por exemplo, acabavam em prisões e espancamentos.

O Direito a voto e o movimento sufragista
O sufrágio foi o maior anseio feminino durante o século XX uma vez que o voto já se tornara universal para os homens e a participação política da mulher era fortemente combatida.

O movimento feminista que mobilizou quase 2 milhões de mulheres é chamado Sufragista e teve seu início em 1848 na Convenção dos Direitos da Mulher, ocorrida nos EUA. As sufragistas americanas só tiveram seu direito a voto concedido 72 anos depois.

Já na Inglaterra, o movimento foi parecido com o americano embora demonstrasse caráter violento. Suas participantes estiveram divididas em pacifistas e sufragettes, essas, radicais que promoviam destruição e desordem a fim de conseguir a atenção das autoridades. Enfim, conseguiram sua participação política em 1928 após darem muita dor de cabeça para o governo "Liberal".

Sufragistas Brasileiras
No Brasil, por sua vez, o movimento (a partir de 1910) teve como a imprensa como percursora dos ideais sufragistas, a fim de promover a mobilização da opinião pública. O primeiro estado a ter o privilégio de permitir o voto feminino foi o Rio Grande do Norte em 1927 e a partir daí outros estados aderiram, mudando suas constituições e quando, em 1932 Getúlio Vargas promulgou por decreto lei, a extensão da reforma constitucional para todo o país, o direito a voto pelas mulheres já era exercido em 10 estados.

Feminismo no pós-guerra
Após curto período de calmaria no que se refere às reivindicações femininas, a nova ideologia pós-guerra atribuía a mulher o conceito de "Rainha do Lar" e a trazia a desvalorização do trabalho externo praticado pelo sexo feminino. O que veio a ser ferrenhamente criticado pela teoria feminista que questiona tanto as desigualdades políticas, trabalhistas, civis como também as suas origens.

Movimento feminista atual
O movimento feminista, hoje, não luta mais pela aquisição de direitos iguais, pois já os conseguiu, mas sim pela justiça em seu cumprimento e contra a ideologia discriminatória vigente.

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