terça-feira, 29 de março de 2016

A CONSTRUÇÃO DO SER MULHER


A maturidade chega a face, porém não me agride, estamos entrando num acordo eu acho.
Quando eu era criança queria ser Bina ou Mônica essas duas irmãs meigas, bonitas e delicadas, agora não quero mais ser nada além de Jaqueline Ramiro. Apenas clamo a senhora maturidade que venha trazendo ao mundo com todos os seus encantos a mulher dentro de mim, pois se fecho os olhos percebo ainda sonhos de menina.

Observo encantada ao meu lado marido e filhos e ainda não me convenço do contrário, não cheguei ao final de minha busca. Antes a essência da feminilidade estava na Bina e Mônica, mas meu desejo é conhecê-la na sua plenitude. Como mulheres sempre deixam impressões por onde passam ou por quem passam, vasculho os fragmentos em cada uma que cruza o meu caminho chegando muitas vezes a encontrar partículas em  em alguns homens.
Femininas, caças e presas.    

Tento compreender suas razões o que faz delas fortes, frágeis.
Singelas partes de chocolate e sorvete para reprimir desejos encadeados pelo perfume amadeirado do completo estranho que remete a intimidade daquele que deixou saudade.
Examino o fundo do pote, o que acreditamos ser sempre o último pedaço de felicidade principalmente para aquelas que resolveram travar guerra contra o tempo.



Quantas tristezas pode haver por baixo de uma maquiagem perfeita? E quanto prazer disfarçado no olhar aparentemente absorto de quem contempla a paisagem.


Vejo homens atônitos procurando pela mulher, não encontrando julgam estarem todas loucas e sem piedade nos ferem a alma, então as meninas choram, choram, choram...


Por: Jaqueline Ramiro

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pelo carinho!!!